SÃO LUIS - Promotoria Itinerante é instalada na Vila Bacanga

Inexistência de escola para o ensino fundamental, posto de saúde sem médicos e sem remédios, deficiência no transporte público, ruas intrafegáveis, engarrafamentos diários na avenida dos Portugueses, feiras abandonadas, risco de rompimento da Barragem do Bacanga, foram alguns dos problemas expostos por lideranças comunitárias e conselheiros tutelares na audiência pública, ocorrida segunda-feira (24), na Associação dos Moradores da Vila Bacanga, durante a instalação da Promotoria Itinerante do Ministério Público.

Na audiência, o promotor e diretor da Secretaria para Assuntos Institucionais, Março Aurélio Ramos Fonseca, representando a Procuradora Geral de Justiça, Fátima Travassos, afirmou que função do Ministério Público é defender a comunidade. “A nossa Procuradora tem como norte de trabalho, o Ministério Público resolutivo e mais próximo do cidadão”, frisou.

O promotor de Justiça Vicente Martins, responsável pela Promotoria Itinerante, informou que nos três meses de permanência da Promotoria Itinerante, na Vila Bacanga, ouvirá os pedidos da comunidade de segunda a quinta-feira, no turno matutino. Posteriormente, buscará soluções, de forma conciliatória,para os problemas junto aos órgãos competentes.

A conselheira tutelar da Vila Bacanga, Roseane Araújo Rocha, alertou para o engajamento da comunidade na solução transtornos existentes na área saúde, da insegurança, do envolvimento de adolescentes com drogas, da poluição ambiental causada pela empresa Polimix. “A gente sabe que a poeira causada pela Polimix é responsável pelo surgimento de doenças respiratórias, principalmente, nas crianças e pela sujeira permanente em nossas casas”, denunciou.

A presidente da Associação da comunidade Argola e Tambor, Ana Coimbra Santos, também denunciou a falta de escola para crianças em idade de cursarem o ensino fundamental no bairro. Como alternativa, ela transformou a cozinha da própria casa em sala de aula para algumas crianças a fim que não interrompessem os estudos. “No próximo ano, não vou aguentar essa situação. Vou levar as criança para defronte da Prefeitura até que seja criada uma escola no bairro”, ameaçou.

A equipe da Promotoria Itinerante é composta pelo o promotor de Justiça, José Vicente de Paula Silva Martins, o assessor de promotoria, Iuri de Sousa Furtado, a assistente social, Teodomira Reis Silva, a estagiária de serviço social, Gisele Pacheco Lins Guimarães e o motorista, Edivaldo Oliveira Lisboa.